Desenham-se umas olheiras fundas debaixo dos meus olhos cansados. Uma tosse violenta acorda-me nas noites negras, abafa as corujas, abafa os lobos, abafa os ecos emaranhados na mente.
Aproxima-se o pesado inverno, ouço os seus passos moribundos, pressinto a sua respiração rouca do outro lado da janela. Aperto a gola do casaco, disfarço o medo.
Eu também já tive sonhos, mas isso foi em tempos, por agora esqueci-me.
Imagino o meu rosto do espelho: quem sou eu?
Porra, quem sou eu?
Há questões que só são colocadas por quem se insubordina com o destino. As respostas, por consequência, custam os olhos da cara. Mas a alma ganha desafogo.
ResponderEliminarBeijo :)
quem mesmo?
ResponderEliminarbeijo
Laura,
ResponderEliminarparece uma fotografia de tanto que sinto...
belíssimo!
Beijo grande
O verdadeiro inverno que nos atormenta é quando o frio vem da alma. Como sempre, o seu gosto musical é sensacional! Obrigada por me apresentar coisas que não conhecia e que são realmente muito boas.
ResponderEliminarBjos aquecidos!
tu és sensação pura, Laurinha! nunca te esqueça!
ResponderEliminarbeijo!