Escrevo porque nada
mais me resta no frio da noite solitária.
Escrevo, antes que
a minha carne seja pó, antes que a pele se suma.
Escrevo, pois nada
mais tenho a fazer do que esperar, do que ter coragem.
Escrevo e a lâmina
repousa na mesa diante de mim, inerte, ameaçadora.
E enquanto escrevo
esqueço-me de mim, deixo que a pele entre na carne, a carne desapareça nos ossos
e os ossos se partam nas mãos de um desconhecido.
Não acendam velas,
queimem apenas aquilo que eu escrevo.
Foto de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.pt/
O bom é queimar-se nos escritos alheios e depois acender a própria fogueira do que precisa ser escrito.
ResponderEliminarAdorei!
Beijo.
O que escreves queima. Queimando, a poesia arde na pele e procria filhos em chama.
ResponderEliminarbeijos,
escreve porque queimam-me as cinzas de tantas palavras,
ResponderEliminarbeijo
escrever para ser...
ResponderEliminarbeijo, beijo!!
eu teria de ser louca, ou mais do que sou, para discordar uma linha que fosse desse escrevo.
ResponderEliminarescrevo pelas mesmas razões em tirar nem por.
beijoss
escrever é um modo de nascer
ResponderEliminarbeijos Laura!
ResponderEliminarescrevo para não me esquecer de mim.
ResponderEliminarbeijos!
do lado de cá, nos dedos atrofiados, há também alguns desconhecidos famigerados.
ResponderEliminarbjs poetaça
Bonito. Escreva, escreva sempre.
ResponderEliminarPode-se queimar, mas as cinzas se espalharão e as palavras serão respiradas e aspiradas para que novas escritas possam inspirar.
ResponderEliminarBjos soprados ao vento!
Tudo o que escreves não será destruída completamente.
ResponderEliminarNenhuma vela há de apagar tudo porque algumas cinzas ficarão na memória.
Bjs.
- deixem que queimem, pois a essência do que dizes não está na tinta, nem na carne que carregas.
ResponderEliminargrande abraço.