XXIII
Hoje não me apetece escrever. Talvez porque acordei com frio e adormeci com frio. Passei a noite com os joelhos colados ao peito, mas o frio esteve sempre lá, como um sopro constante no ouvido.
Provavelmente nem dormi, tenho todos os segundos, todos os minutos, todas as horas gravadas na pele. Possivelmente ainda estou a dormir.
Como posso eu estar a dormir? Se no único espelho da casa o reflexo junta partes do meu corpo. Um puzzle a que vou tentando dar um significado.
Ainda devo estar a dormir, não acordei e a noite impera lá fora. Bom dia, daqui a nada, com dores nos ossos e uma tosse sufocante.
ter o tempo gravado na pele e todas as possibilidades de reeditá-lo no ritmo de nossa pulsação... que bom seria, hein, Laurinha!?
ResponderEliminarbeijinho carinhoso, minha amiga poeta!
é como se fosse uma eternidade a consumir-se, um quadro roto a desmontar-se
ResponderEliminarbeijo
não me canso de te ler, mesmo quando não te apetece escrever :-)
ResponderEliminarbeijos!
Então se te apetecesse escrever, a noite não seria mais um purgatório.Quem sabe o céu?
ResponderEliminarMagníficos vídeo e texto
Bjs
Laurinha,
ResponderEliminaràs vezes temos que nos conceber em fragmentos para nos fazer em inteiros.
Beijos!
- concordo com a Cecilia: nas partes está o todo.
ResponderEliminarQuando não buscamos compreender o que somos de verdade - e ignoramos juntar o nosso eu - o íntimo grita, na tentativa de se fazer ouvir.
grande abraço.
Eis a roda viva!
ResponderEliminar" Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu... "
Sono que não traz descanso... há noites (e dias) assim...
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