Cuspo sangue. Se tivesse um
espelho conseguiria ver uma pasta de saliva e sangue acumular-se nas gengivas.
Mesmo que chova, nada me fará esquecer este cheiro ferrugento que se liberta
das vísceras.
[Ele arrasta os seus sapatos bicudos
pela terra, penteia o cabelo, milimetricamente arquitectado com laca. Vejo o
seu casaco branco esvoaçar. Rasga um sorriso no rosto sisudo, e sai,
silencioso]
Nota para mim: já que tens de
viver, não te esqueças que só se morre uma vez, mas aos pedaços, em bocados.
http://youtu.be/rNVzfeKuqtM
http://youtu.be/rNVzfeKuqtM
Laurinha,
ResponderEliminarEssas mortes lentas, muito lentas, segundo a segundo do algo que fizemos de nós mesmos.
Ótimos dias,
beijos!
Laura, gosto muito da força da sua escrita. Corrosiva, realista e inquietante.
ResponderEliminarbeijoss
Laura!
ResponderEliminarPelo menos há marcas. Para mim a pior morte é a da tortura mental.
Não há perícia que coloque o indivíduo sob pena da Lei.
Beijos
Mirze
a morte parece um poço sem fundo quando a gente se precipita e nunca cai, mas não tem como voltar
ResponderEliminarbeijo
já tentaste matar a morte? morri de um soco só. fui, nesse instante, feliz :)
ResponderEliminarLaura
ResponderEliminarVerdade inconteste
Só se morre uma vez, mas em pedaços.
Bjs