Maldição. Esta prisão sem grades
onde me deixaram. Este lugar frio e escuro onde me forçaram a entrar, iludida
por lúgubres promessas.
Malditos, os que sorriem do outro
lado e alimentam a fome dos seus prisioneiros, libertando o seu odor
pestilento.
Maldita seja eu, que sempre vi
esta minha cegueira. E amaldiçoada continue, ainda que a raiva se liberte no
meu cuspo, no meu sangue, no meu ódio.
Amaldiçoada continue eu, de olhos
bem abertos, imóvel.
Fotografia de Raquel Mendes
minha voz pede tua licença para fazer deste texto meu desabafo...
ResponderEliminarBeijinho sempre carinhoso, amiga poeta!
Que nossos olhos se rasguem em
ResponderEliminargrandes janelas, e que sejamos penetradas pelo SOL!!!
beijoss
Laurinha,
ResponderEliminarnossa! Essa tua série "purgatorium" é indescritível!
Como diz aquela expressão:
"se isso é guerra, eu não quero a paz".
Beijos
Ah! Foto muito boa!
ResponderEliminar"olhos bem abertos, imóvel."
ResponderEliminare o vidro a estilhaçar retinas.
beijo, laurita!
Somos vítimas e algozes sempre.
ResponderEliminarFascinante texto.
bjs