observo as marcas que ficam na areia
para serem apagadas pela espuma amarela
sei que tenho pés:
as fragas aproximam-se vertiginosas
e a tua figura esvanece em terra
sei que tenho pés:
estão frios, engelhados, sujos
perturbam-nos as pedras afiadas
sei que tenho pés
e que o silêncio caminha

Fotografia de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.com/
o silencio caminha feito sombra sob a incerteza dos pés,
ResponderEliminarbeijo
O silêncio caminha bem ao nosso lado, como uma companhia, e, por diversas vezes, é bom que assim aconteça...
ResponderEliminarBeijinho, Laura!
Perspectiva subjacente. Sabedoria das extremidades. Aliás, não consigo ver (ou entreouvir) o silêncio senão como a estação final, a linha de chegada.
ResponderEliminarBeijo.
cortemos o tempo do silêncio; inauguremos a voz que deponha asas nas costas dos pés.
ResponderEliminarmercúrio! mercúrio! mercúrio!