esperaste que a luz viesse banhar o teu chão
mas esqueceste o caminho de regresso
quando bateste com a porta
jogaste aos dados
numa mesa sem ninguém
onde apostaste os teus dias longínquos
bebeste todo o vinho da adega
comeste toda a comida da despensa
juraste nunca mais falar
do futuro emprenhado
apenas a ilusão:
os demónios não existem
esqueceste, finges esquecer
o teu nome, a tua raça
e quando te perguntam, finges-te surdo
aguarda então que seja a terra
a cobrir as tuas narinas
e os vermes a beijarem-te na boca
não mais falar: morte súbita!!
ResponderEliminarBeijinho, poeta de voz tão intensa!!
lindeza, os vermes por vezes parecem belos
ResponderEliminarbeijos
Laurinha,
ResponderEliminaro prenúncio de uma morte que não chegará tão cedo.
Beijos!
Sinto uma tonalidade diferente nestes poemas que estou a ler.
ResponderEliminarDa morte se faz vida! Mesmo das interiores. Ai de quem não morre agora!
Beijinho!