I
podes guardar os copos no armário
enquanto fumas o último cigarro,
de nada te serviu o roupão de seda
II
cerra os olhos à imensidão do luar
há muito tempo que aceitaste
a escuridão no teu peito
III
balança o braço que pende do sofá
aconchega o medo contra o frio do corpo
em breve dormiras sem que ninguém te acorde
IV
tenta o sono, tenta acordar
disfarça a tua solidão e liga o rádio na varanda
ninguém virá até à tua porta
V
ensaia beijos no espelho do quarto
experimenta caricias no lençol da cama
nada mais podes inventar enquanto mirras para dentro de ti
tristemente emotivo... nostalgia e solidão. Adoro.
ResponderEliminarNada nos fará dormir
ResponderEliminarenquanto a alma estiver acordada...
O mar está livre, ainda que não esteja limpo.
ResponderEliminarO mar nunca esteve tão aberto.
Nietzsche
(beijo)
Laurinha,
ResponderEliminarconfesso que ler tuas notas para noites de insônia, estando numa noite de insônia real, tem um gosto raro, quase como beber um bom vinho português.
Beijos!
Leia-te
ResponderEliminare te faças companhia!
Beijinho, Laurinha poeta!
Faz uma lista dos sonhos não sonhados, quem sabe?
ResponderEliminar0-:))
Deliciei-me com cada palavra tua!
ResponderEliminarAplaudo-te.
Massa esse III.
ResponderEliminaresse mergulhar dentro de si
ResponderEliminaré um silêncio absurdo
mas há flores
no vazio
...
[penso]
Beijo carinhoso, belíssima poeta.
Nada há de mais triste do que mirrar para dentro de si mesmo...
ResponderEliminarMas, tu, Laura, vicejas!
Abraço!
Uma solidão angustiante. Nada mais pode sonhar. Uma amarga desesperança toma conta de si.
ResponderEliminarComo sempre forte mas encanta.
Beijos