sob o clarão dos dias
debaixo da copa dos carvalhos fugirão pardais de asas partidas
rasgando o azul do céu e deixando-o a sangrar sobre as nossas cabeças
desconfio, alguém se esqueceu de nós
e cá ficamos, entregues, parados, a correr
fugindo dos dias, perseguidos pelo passado, à procura do inútil amanhã
no ventre da terra, cortada pela lâmina do coveiro
as borboletas vão cair, leves, esqueletos sem ossatura
[alguém roubou as nossas asas]
o vidro filtra a mentira
e nem a verdade invade o olhar
pois a cegueira é a sombra que caminha nas costas dos homens
debaixo da copa dos carvalhos fugirão pardais de asas partidas
rasgando o azul do céu e deixando-o a sangrar sobre as nossas cabeças
desconfio, alguém se esqueceu de nós
e cá ficamos, entregues, parados, a correr
fugindo dos dias, perseguidos pelo passado, à procura do inútil amanhã
no ventre da terra, cortada pela lâmina do coveiro
as borboletas vão cair, leves, esqueletos sem ossatura
[alguém roubou as nossas asas]
o vidro filtra a mentira
e nem a verdade invade o olhar
pois a cegueira é a sombra que caminha nas costas dos homens
laura,
ResponderEliminarque se esqueçam todos de nós; nunca o façamos nós mesmos. nem mesmo quando todas as asas parecem perdidas, partidas ou roubadas.
beijo!
Ei, Laura,
ResponderEliminaras asas partidas pelo corte,
o sangue escorre dos pedaços
e fogem os pardais para morrerem ou se recomporem
e as borboletas tão frágeis
e os ladrões querem colecionar asas
e os olhos brilham diante da cegueira ser a sombra que caminha nas costas dos homens
que demais!
beijo pra você
a densidade do poema
ResponderEliminaré todo um lirismo
de ventania
...
Laura, que poema belo
e que suspiros reveladores
...
Beijo carinhoso.
A Luz cega
ResponderEliminare na escuridão do corpo
pupilas pedem perdão...
Beijinho com admiração, Laura!