as mãos cansadas seguram o pano laranja, sinto as suas fibras prenderem-se na pele seca.
limpo o pó, o pó branco deitado sobre os moveis, as estantes, os livros, as recordações que acabaram por ir ficando, como prova de um passado, cada vez mais arredado, arrumado nas folhas que se viraram, ao sabor do vento, amareladas.
se abrir a janela, outro pó branco acabará por entrar, invadir as falhas do ar saturado que paira e cobrir os móveis, as estantes, os livros, e eu voltarei a segurar o mesmo pano, imóvel entre um segundo e outro, entre uma eternidade e um instante.
e o pó voltará para cobrir as molduras vazias da tua face
Sigur Ros - Viorar Vel Til Loftarasa
limpo o pó, o pó branco deitado sobre os moveis, as estantes, os livros, as recordações que acabaram por ir ficando, como prova de um passado, cada vez mais arredado, arrumado nas folhas que se viraram, ao sabor do vento, amareladas.
se abrir a janela, outro pó branco acabará por entrar, invadir as falhas do ar saturado que paira e cobrir os móveis, as estantes, os livros, e eu voltarei a segurar o mesmo pano, imóvel entre um segundo e outro, entre uma eternidade e um instante.
e o pó voltará para cobrir as molduras vazias da tua face
Sigur Ros - Viorar Vel Til Loftarasa
o cansaço torna-nos mais vulneráveis ao pó, tenha ele a espessura, a densidade ou a cor que tiver.
ResponderEliminarsigur rós chega bem lá ao fundo, verdade, amiga?
beijo!