«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Poema do amor

Sim,
É este,
Que dói no peito,
Que corta a alma,
Estilhaça o corpo,
Solta as pedras.

Sim,
É este,
Que abraça no infinito,
Que beija no escuro.
Queima a pele,
Gela as águas.

Sim,
É este,
Que se escreve
Que não se diz.
Retalha, lentamente.

4 comentários:

  1. ...um mistério por desvendar.

    Adorei o teu Poema do Amor. Bjinho

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  2. E o amor é mesmo isso, um grande mistério!
    Obrigada, Andy!
    Beijos
    Laura

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  3. pois... se não magoasse o peito, rasgasse a alma e estilhaçasse o corpo... não seria esse... certamente!
    Beijinho, Laura!

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  4. Sim, mas é este que sempre se procura, como se fora o mel e sal. abraço

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