distantes
estão já os dias passados a fumar
de
pernas cruzadas no chão da sala
hoje
distraio o tempo contando as horas
na
nicotina que mancha de vida os dedos
fecho
os olhos e tudo se torna mais clarividente
os
papeis esquecem-se pela casa, amontoados
perdidos
entre mesas, prateleiras, soalho
a
maldição de carregar nas mão tinta que não se pode limpar
cheguei
aqui com o desejo de vos cumprimentar
saber
das vossas histórias, partilhar os vossos sorrisos
mas
deste ponto já nem encontro o caminho de regresso
e
a memória languida atraiçoa o pensamento mordaz
desaparecem
os corpos, as figuras
calam-se
as vozes, fecham-se as portas
a
realidade escancarada diante de olhos pálidos
a
solidão que toca no ombro enquanto se procura um cigarro perdido
Fotografia de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.pt/
Fotografia de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.pt/
ânsia resvala no pensamento... atiça a boca!!
ResponderEliminarbeijo, poeta querida!!
Balada de fumo, do princípio ao fim! E nuvem áspera que rói os pulmões e a garganta...
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