a música que embala e chega na noite
sabes agora que vou ouvir
as palavras que encerras no peito
nada receies, elas chegam mudas pelas janelas entreabertas,
deixei-as assim para que viesses, entre as agulhas dos pinheiros pela noite sombria
[deixa-me tocar esse teu corpo que outrora me pertenceu,
beber dos teus lábios os beijos que me arrasam]
parece que regresso dos mortos, com o pó na alma
e o medo caminha comigo, ao meu lado
observo o espelho, sinto-me estremecer por dentro
[já não é o suor que me corre na pele nua
e descubro que os lençóis são frios de mais]
afio os ouvidos, deixo que o silêncio me retalhe, lentamente
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
belíssimo!
ResponderEliminarbeijo, Laura.
Obrigada Andy!!
ResponderEliminarTenho passado no teu blogue, mas passa-se qualquer coisa com a minha conta que não me permite comentar nenhum dos teus últimos trextos!
Beijo
Laura Alberto
Comentários OK.
ResponderEliminarEscolheste a 1ª opção...
Belas palavras, embora doridas...
Beijos, querida amiga.
PS:
ResponderEliminarNão precisas de me agradecer...
Os amigos são para as ocasiões.
Beijo.
«[deixa-me tocar esse teu corpo que outrora me pertenceu,
ResponderEliminarbeber dos teus lábios os beijos que me arrasam]»
São só dois versos de um lindo poema! Beijos, Laura!
Mas o silêncio transforma-se em melodia diante de tua sensibilidade... e por aqui, o frio dá uma trégua...
ResponderEliminarBeijinho encantado, Laura!
Nilson:
ResponderEliminarnão sei se consegui fazer bem as actualizações, vamos a ver...
Obrigada pelo comentário, um dia serão palavras, sem dor, espero
Beijo
Lauraalberto
Obrigada Cristina, Jornalista-Poeta!
ResponderEliminarNão precisa de ser todo o poema belo, basta uma palavra que já me diexa feliz!
Beijo
LauraAlberto
Analuz:
ResponderEliminaràs vezes parece que o Inverno vive dentro de nós, mas ainda há uns raios de luz que nos aquecem com as suas palavras!
Obrigada
Beijinho
LauraAlberto
Laura,
ResponderEliminarpassares por lá é só por si tão importante! (embora ande naquelas fases...)
Beijos
p.s. volto com mais tempo, até já