Entretanto
os minutos escorrem até aos oceanos destes dias cinzentos
pelas mãos escapam-se os teus cabelos ondulados
em segredo finjo beber a água com que lavas as mãos, pisar a terra seca onde foges em liberdade
[passo as noites a imaginar que me deito no teu corpo, que me cubro com a tua pele, que são as minhas pernas que tocam as tuas pernas, sempre, num qualquer lugar]
é dia, outra vez, entra ruidoso pelas janelas e afasta as cortinas
a luz que me toca as pálpebras é escuridão, é a noite que continua, eterna a meu lado
são metros e metros, quilómetros e mais quilómetros, entre nós, sobre nós
todo o silêncio, todas as palavras, escritas, ditas, gritadas, caladas
entretanto a areia cai sobre o vidro fosco:
somos um segundo à deriva sobre o calcário da rua, afogados na chuva fria e ficamos
os minutos escorrem até aos oceanos destes dias cinzentos
pelas mãos escapam-se os teus cabelos ondulados
em segredo finjo beber a água com que lavas as mãos, pisar a terra seca onde foges em liberdade
[passo as noites a imaginar que me deito no teu corpo, que me cubro com a tua pele, que são as minhas pernas que tocam as tuas pernas, sempre, num qualquer lugar]
é dia, outra vez, entra ruidoso pelas janelas e afasta as cortinas
a luz que me toca as pálpebras é escuridão, é a noite que continua, eterna a meu lado
são metros e metros, quilómetros e mais quilómetros, entre nós, sobre nós
todo o silêncio, todas as palavras, escritas, ditas, gritadas, caladas
entretanto a areia cai sobre o vidro fosco:
somos um segundo à deriva sobre o calcário da rua, afogados na chuva fria e ficamos
Belíssimo fim de semana, Laura!
ResponderEliminarBeijinho luminoso!
Obrigada Ana feita de Luz!
ResponderEliminarAqui não há frio e o sol desponta atrás das montanhas!
Beijo
LauraAlberto