Não morri.
Arrisquei a resistência do cinzento granito.
Não desisti.
Afinquei em solo firme.
Não desesperei.
Colhi o fruto da insistência.
Chorei, sim.
Limpando o pó dos olhos.
Sim, caí.
Para compreender.
Sim, morri sim.
Para renascer.
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
Belíssimo, como sempre.
ResponderEliminarÀs vezes, temos que morrer, para finalmente começarmos a viver.
Beijinho.
O mito do eterno retorno... A pedra de toque daqueles que se erguem acima do vulgo: morrer e viver... para ser!
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