Escrevi-te um poema nas asas do vento,
A quem pedi que fosse mensageiro.
Elevaram-se as palavras no céu,
Para que do teu refugio o percebesses.
Roubei a voz dos animais,
Esperando que no silêncio o ouvisses.
Apaguei a luz do sol,
Desejando que na escuridão o visses.
Despertei na fria madrugada,
Procurando em vão a réplica que viesse.
Adormeci na solidão da noite,
Em ânsia que o sonho se realizasse.
Cobri o sonho com uma manta de estrelas,
Iluminando o abismo que me deixaste.
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
"Escrevi-te um poema nas asas do vento..."
ResponderEliminar"Cobri o sonho com uma manta de estrelas..."
Lindo.
Desejo que a manta de estrelas envolva o abismo e não o sonho... é que esse há-de voltar a brilhar.
ResponderEliminarBeijinho carregado de optimismo, Amiga!