amava-o
ainda que nunca lhe tivesse dito
ainda que desconhecesse o toque dos seus lábios
ainda que ignorasse o aperto capaz dos seus braços
amava-o
amava-a
sabia de cor a suavidade da sua pele
reconhecia o odor que o seu corpo emanava
sentia o calor que o seu peito libertava
amava-a
amavam-se
corpos violentos contra o outro
costas contra a parede
carne que se moldava
suores, sangue e lágrimas que se misturavam em perfeita alquimia
em silêncio, porque as palavras que se dizem
podem ser perdidas e devem ser esquecidas
amaram-se
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