XXXIX
fechar os olhos. abrir os braços. sentir o vento na pele, o vento que hoje finalmente dorme.
rodar, rodar, rodar.
sentir o chão que foge. entrar no solo que se abre violentamente sobre os pés.
rodar, rodar, rodar, rodar.
amanhã, esquecemos o nome de quem coloca o alimento sobre a mesa.
amanhã, esquecemos a mão que embalou o berço.
amanhã nascemos, se amanhã houver amanhã.
Beirut @ Glastonbury-Carousels
«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares
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como diria Dylan: tomorrow is a long time,
ResponderEliminarbeijo
deixei-me embalar pelo vento das tuas palavras, na certeza de que hoje é já amanhã.
ResponderEliminarbeijos, amiga!
ah, beirute é uma pica!!!
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