um dia o tempo parou
esqueceram-se os fantoches à boca de cena
voaram dentes de leão no esgoto
e houve um dia em que o tempo parou
redondo
de encontro à cara
e nesse dia
o punhal desfechou o golpe
o sangue correu entre os oceanos
um dia o tempo parou
cansados os relógios ouviram
tristes os dias contaram
a história do tempo que se cansou de ser

Fotografia de Pedro Polónio, http://club-silencio.blogspot.com/
olha que o tempo é enganador, oh se é. nunca se cansa de o ser, porque é um animal cínico e frívolo. a única forma de domarmos o tempo é resistir-lhe, acenando com a candeia da mentira, como se coubesse na caixa de fósforos que guardamos no bolso. acredita, por vezes cabe...
ResponderEliminarum abraço, laurita!