
Naquela manhã de Outono acordei sem forças.
Todo o peso do Universo tinha caído sob meus ombros.
As palavras soavam imperceptivelmente nos meus ouvidos.
Os murmúrios entoavam por entre a mente.
Os membros tentaram em vão mexer,
Numa tentativa fracassada de fuga.
Os pulmões inspiravam o ar,
Para com custo o expirar.
As leis intocáveis teimaram,
Quase derrotadas pela solidão.
O inexplicável esgueirou-se entre as frestas do pensamento.
Do fim fez-se o início, da queda a ascensão.
"Do fim fez-se o início, da queda a ascensão."
ResponderEliminarE agora
queira ou não queira,
cara alegre e braço forte:
estou no meu posto a lutar.
(In "Vagabundo do Mar", Manuel da Fonseca)