«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

balada I

todo o oceano que me corre nas veias
todo o vento que sopra nos pulmões
todos os montes que se afundam na carne
todos os rios que correm nos cabelos
toda a escuridão que assola o peito
todo o silêncio guardado na garganta

todos os nomes, o teu nome, invisível

Publicada por Anónimo à(s) 12:53
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1 comentário:

  1. Jorge Pimenta18 de dezembro de 2011 às 14:06

    raramente a felicidade se escreve com o nome de alguém. tem pedaços de tempo, de vento, de lugares, de rostos, de palavras, mas os nomes, esses, o revólver devolve-os ao silêncio.
    beijo!

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