«Escrever não é agradável. É um trabalho duro e sofre-se muito. Por momentos, sentimo-nos incapazes: a sensação de fracasso é enorme e isso significa que não há sentimento de satisfação ou de triunfo. Porém, o problema é pior se não escrever: sinto-me perdido. Se não escrever, sinto que a minha vida carece de sentido.»
de Paul Auster
"Saber que será má uma obra que se não fará nunca. Pior, porém, será a que nunca se fizer. Aquela que se faz, ao menos, fica feita. Será pobre mas existe, como a planta mesquinha no vaso único da minha vizinha aleijada. […] O que escrevo, e que reconheço mau, pode também dar uns momentos de distracção de pior a um ou outro espírito magoado ou triste. Tanto me basta, ou não me basta, mas serve de alguma maneira, e assim é toda a vida."
de Bernardo Soares

terça-feira, 29 de outubro de 2013

notas para jogo interminável

I
aposta no vermelho
todo o dinheiro que trazes
na algibeira que ainda resiste

II
bebe a última gota
de álcool
falsificado

III
esboça um sorriso
por cada bala
que cai no pó

IV
fecha os olhos
quando te preparas
para acordar

V
aposta no preto
a vida que ainda é tua
a que resta

VI
esquece
aprende
e esquece de novo

VII
as regras são estas
as regras são nossas
as regras mudam


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Não tenho, nem encontro palavras suficientes para agradecer a todos que estiveram presentes, outros ausentes mas bem perto do peito, no dia 28 de setembro.
Foi para mim muito importante e especial saber que todos responderam ao meu repto e iluminaram a esta minha loucura, com os seus sorrisos e com algumas lágrimas.
Confesso que sempre tive medo de assumir que escrevia, de mostrar aos outros os meus poemas, mas esse medo torna-se cada vez menor depois de todas as palavras de incentivo que recebi. Este foi também um teste para mim.
Obrigada pela vossa presença, pelas vossas mensagens e pelo carinho demonstrado ao longo de todos estes dias.